Experimentação em música na cultura portuguesa: História, contextos e práticas nos séculos XX e XXI
PTDC/ART-PER/31380/2017
Prazo de Execução
26 de Novembro de 2018 a 25 de Novembro de 2021
Instituições envolvidas (em colaboração ou parceria)
INESC-TEC - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (instituição participante)
Faculdade de Ciências Sociais Humanas - Universidade Nova de Lisboa (instituição participante)
Equipa
Helena Marinho | Alfonso Benetti Junior | Alexsander Jorge Duarte | Dario Ranocchiari | Jorge Salgado Correia | Francisco Monteiro | Rui Luís Nogueira Penha | Luís Alberto Bittencourt | Joana de Sá Catarino Tavares | Belquior Marques | Filipe Lopes | Paulo Maria Rodrigues | Sara Carvalho | Álvaro Barbosa de Sousa | José Manuel Rodrigues Nunes | Pedro Roxo | Maria do Rosário Pestana
Resumo
A experimentação em música, enquanto conceito e prática, é frequentemente associada à criação musical e multidisciplinar de meados do séc. XX de artistas como John Cage ou Pierre Schaeffer. Projectos e publicações actuais sobre o tema sugerem uma distinção entre esse contexto histórico e manifestações recentes, classificadas como pós-experimentais. Autores como Gilmore (2014) têm proposto definições operacionais, associando o conceito e as suas práticas a abordagens intencionais e metodológicas distintas de paradigmas convencionais, partindo de conceitos como sistemas experimentais (Rheinberger 1998; Schwab 2013) ou complexidade epistémica (Assis 2015). No contexto cultural português, a experimentação em música é uma área insuficientemente estudada, já que a maioria das pesquisas se debruça sobre compositores específicos ou contextos restritos, e não aborda esta questão como um potencial continuum de práticas. Este projecto propõe-se, portanto, a estudar a experimentação em música em Portugal, de meados do século XX até aos nossos tempos, contribuindo com uma perspectiva de pesquisa abrangente relativamente à sua história, contextos e práticas. O projecto abordará três linhas principais de investigação, aplicando métodos como pesquisa de arquivo, trabalho de campo observacional e participativo, e implementação de laboratórios de criação:
1. A linha histórica estudará o contexto e contribuição de compositores/performers e grupos que adoptaram uma abordagem experimental deliberada, como Jorge Peixinho e o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, e Constança Capdeville e o ensemble Colecviva. Esta linha pretende explorar estas actividades de forma integrada, documentando práticas, discutindo os contextos, e examinando as suas ligações à produção de performance artística.