Nota Biográfica
Francisco Parente Ramos é doutorando em Ciências Musicais (Etnomusicologia) na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa / Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança. Iniciou os seus estudos musicais na Escola Profissional de Artes da Beira Interior (Covilhã), é licenciado em música (violino) pela Escola Superior de Música de Lisboa e completou o mestrado em ensino de música na Universidade de Évora apresentando o “Relatório da prática de ensino supervisionada realizada na Escola Artística de Música do Conservatório Nacional: a comunicação não verbal em contexto de aula individual de violino”. A partir da investigação realizada para este relatório publica um artigo na revista Per Musi, em 2022, intitulado “Comunicação não-verbal em contexto de aula individual de Violino”. Foi professor de violino na Escola de Artes do Alentejo Litoral (2010 – 2013), no Conservatório das Caldas da Rainha (2015 – 2020), na Escola de Jazz do Barreiro (2015 – 2020), na Academia de Jazz “Os Franceses” – Barreiro (2020 – 2022) e no Conservatório de Música e Teatro “Sons e Compassos” – Terrugem, Sintra (2019 – 2024). Além disso, tem mantido a sua actividade musical em palco e/ou estúdio com várias formações como a Orquestra Sinfónica de Tomar, Orquestra de Câmara de Sintra, Sinfonietta de Ponta Delgada, Velvet Quintet (membro fundador), Naked Lunch Quartet (membro fundador), Lisbon Poetry Orchestra, Abril em Branco, o colectivo Profound Whatever; e artistas como Afonso Cabral, Conan Osíris, Silly, Sam the Kid ou António Chaínho.
Projeto de Doutoramento
Título
Comunicar com o corpo: um estudo etnográfico de orquestras sinfónicas de Lisboa
Orientação
Resumo
A comunicação não-verbal dos maestros é uma linguagem específica e usada num contexto particular, mas é reconhecida e compreendida em todo o mundo pelos intérpretes de música erudita ocidental. Com as possíveis diferenças, podemos alargar esta população a todos os músicos de grupos onde a figura de um maestro esteja presente, tais como coros, bandas filarmónicas ou big bands de jazz. Esta investigação foca-se na análise de um contexto musical colectivo, a orquestra sinfónica, no qual se destaca a figura do maestro e a sua forma de comunicar. Ocupando o lugar de etnógrafo, mas sendo eu também músico, nesta investigação vou observar e descrever a comunicação não-verbal dos músicos e maestros inserida no seu contexto e perceber qual é o seu impacte na performance. Esta é uma etnografia das relações, interacções e discursos, podendo ser um contributo etnomusicológico importante para o estudo dos mecanismos de comunicação deste contexto musical.
Palavras-chave: direcção orquestral, comunicação não-verbal, maestro, orquestra, etnografia.
Financiamento: Fundação para a Ciência e a Tecnologia (2023.05408.BD)
