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Integrado | Doutorando
Departamento de Comunicação e Arte | Universidade de Aveiro
Campus Universitário de Santiago
3810-193 Aveiro
Portugal
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Tel: (+351) 234 370 389 (ext. 23700)

Nota Biográfica

Rui Chã Madeira é natural e residente em São Pedro do Sul. Mestre em psicologia pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto. Desde 2017 é doutorando em música, especialização em etnomusicologia pelo departamento de comunicação e artes da Universidade de Aveiro. Integra o INET-md como investigador não doutorado em etnomusicologia e estudos em música popular. Colabora no projeto de investigação "Práticas musicais, contextos de memória e detentores de tradição: Levantamento de património imaterial no concelho de São Pedro do Sul", no projeto de investigação “EcoMusic – Práticas sustentáveis: um estudo sobre o pós-folclorismo em Portugal no século XXI”, colabora na plataforma “Mpart – A nossa música, o nosso mundo: Associações musicais, bandas filarmónicas e comunidades locais - 1880-2018” e na plataforma “Canto de Mulheres: Polifonias a três e mais vozes, no século XXI”. Tem desenvolvido trabalho de campo sobre as práticas musicais do concelho de São Pedro do Sul. Participou em vários projetos musicais, produziu maquetas e peças sonoras para peças de teatro e realizou curtas-metragens, cooperou em sessões de gravação em estúdio. Colabora como programador e promotor de atividades musicais numa associação de intervenção cultural.

 

 
 
Projeto de Doutoramento
 
Título
A “voz” de Isabel Gomes Silvestre: Processos de translocação nos domínios do local e do global
 
Orientação
 
Resumo
Isabel Gomes Silvestre é uma cantadeira de música de matriz rural de Manhouce que alcançou projeção nacional e internacional. Tendo sido uma artista da editora discográfica EMI-Valentim de Carvalho, atualmente para além de ativista pela salvaguarda, transmissão e divulgação da cultural local manifesta-se como uma agente na revitalização do folclore e do turismo cultural local. Partindo da análise do percurso musical de Isabel Gomes Silvestre, na sua perspetiva como na perspetiva de diversos intervenientes com ela relacionados, pretendo compreender sobre a construção da carreira como solista nas indústrias da música e de que forma a cantadeira ressignificou as cantigas de Manhouce e revitalizou o folclore e o turismo cultural e local. Nesse sentido debruçar-me-ei sobre o processo de construção e de institucionalização de práticas performativas, assim como sobre a aquisição de competências musicais, sociais e culturais, a incursão em outras realidades musicais, sociais e culturais e o processo de objetificação protagonizados por Isabel Gomes Silvestre. A metodologia que vou adotar centra-se na etnografia biográfica assente na perspetiva “subject-centered musical ethnography”. Os métodos a utilizar são (1) pesquisa e análise bibliográfica, (2) pesquisa arquivista e (3) trabalho de campo. Os objetivos são compreender sobre (1) o percurso de Isabel Gomes na redefinição e objetificação das cantigas de Manhouce por intermédio de novas relações musicais e sociais estabelecidas, (2) a sua ação na revitalização de contextos e práticas de matriz rural e de transformação da aldeia de Manhouce num destino turístico e (3) a relação entre os domínios do local e do global discutindo noções como “translocação”, aplicadas à análise da “voz” de expressão rural de Isabel Gomes Silvestre para uma “voz” comercial, como observado pelas incursões da cantora em outras realidades musicais e culturais.