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Integrado | Investigador Júnior
Departamento de Comunicação e Arte | Universidade de Aveiro
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Tel: (+351) 234 370 389 (ext. 23700)

Nota Biográfica

Cristiano Tsope, nasceu a 06 de Junho de 1984, na Cidade de Maputo, Doutorando em Música, com especialização em Etnomusicologia pela Universidade de Aveiro (UA) (2021/2022), licenciado em História pela Universidade Eduardo Mondlane em 2009; mestre em Direitos Humanos, Desenvolvimento Económico e Boa Governação pela Universidade Técnica de Moçambique (UDM) desde 2018, especializado em Media e Direitos Humanos; Técnico Documentalista; Fala Portugês, Changana-Ronga, Inglês, noções básicas de francês e Zulu; publicou na página de opinião do Notícias: O barato que saio caro (Dezembro 2012), O Saneamento do Meio em Maputo (2012), O Papel da Mulher na Sociedade (Março 2013), Gatunos à Solta nas Ruas da Capital (Setembro 2013) Cenas do Trânsito em Maputo (Maio 2015) e na Revista Microfone da Rádio Moçambique “O espantoso Lagarto Gigante na Sede da RM”, com base nos resultados da pesquisa da Dissertação de Mestrado, publicou em 2019 e em co-autoria com Luca BUSSOTTI o artigo “A abordagem dos Direitos Humanos na Comunicação Social em Moçambique: o caso da Rádio Moçambique – E.P. 2015.” Publicado na Revista “Estudos Contemporâneos em Jornalismo”.
 
 
Projeto de Doutoramento
 
Título
Políticas, ideologias coloniais e representações sonoras dos moçambicanos: o arquivo sonoro da rádio Moçambique, 1933-1974
 
Orientação
Co-orientação
Maria Paula Meneses
 
Resumo
A Rádio Moçambique (RM) foi criada como Grêmio dos Radiófilos da Colónia de Moçambique (GRCM) em 1932 e o início de suas atividades tinha um caráter amador. Entretanto, pouco tempo depois, a rádio passou a exercer papel central no projeto político e de dominação colonial portuguesa em África até o ano de 1974. Se a primeira década de radiodifusão foi marcada pela ausência de práticas musicais dos povos nativos negros, as dinâmicas sociopolíticas dos finais da década de 1950 e inicio da década de 1960 levaram à reestruturação da programação da emissora, passando a ter um programa em línguas locais dedicado aos nativos negros. Entretanto, em que pese o facto de diversos trabalhos académicos sobre a Rádio Moçambique já terem sido escritos, inexistem até ao presente momento trabalhos integralmente focados no seu acervo sonoro. Este acervo reflete em grande parte a história e as decisões políticas que guiaram, não só a instituição ao longo da sua existência, mas também o império colonial português durante o século XX.
 
Este trabalho, portanto, tem como foco o estudo das políticas e ideologias coloniais através do acervo da Rádio Moçambique. Baseia-se nas seguintes questões: até que ponto as ideologias e políticas coloniais contribuíram para a ausência de práticas musicais locais e lutas por significados simbólicos através da música? Até que ponto a rádio, ao longo da sua história, estabeleceu modos de escuta que promoveram e alimentaram políticas coloniais? A análise é baseada na revisão crítica da literatura sobre três grandes eixos temáticos que possuem relação direta com o tema proposto: os arquivos em contexto colonial, o arquivo sonoro e a Rádio Moçambique. A partir do estudo de caso do Rádio Clube de Moçambique, em geral, procuro contribuir para a construção do arquivo decolonial inscrevendo no debate crítico a radiodifusão e as coleções fonográficas a ela associadas enquanto agentes de regulação de políticas coloniais através da música e do som.

Palavras-chave: 
Arquivo colonial; Etnomusicologia; Decolonial; radiodifusão; história de Moçambique; música moçambicana.