Maria Beatriz de Oliveira é licenciada em Performance - Guitarra Clássica e Mestre em Ensino da Música pela Universidade de Aveiro. Iniciou os seus estudos em guitarra clássica com 6 anos e durante o seu percurso estreou obras de compositores como Clotilde Rosa, Jorge Peixinho, António Laertes e Inês Madeira Lopes. Em 2021 tocou como solista na estreia mundial do Concerto N.º 1 para Guitarra e Orquestra do compositor Rauhit Krishnan, com a Banda Sinfónica da PSP.
Tocou a solo e em agrupamentos de música de câmara em diversas salas nacionais e frequentou masterclasses com Martha Masters (EUA), Helen Sanderson (Inglaterra), Thomas Viloteau (França), Jonathan Leathwood (Inglaterra), Dejan Ivanovic (Croácia), Zoran Dukic (Croácia), Daniel Wolff (Brasil), Juan Almada (Argentina), Redmon O’Toole (Irlanda), Paulo Vaz de Carvalho (Portugal), Miguel Carvalhinho (Portugal) e Francisco Morais Franco (Portugal).No que diz respeito a formação complementar frequentou cursos e seminários como “Orientações Musicais para a Infância: Teoria de Aprendizagem Musical de Edwin Gordon” na Universidade Nova de Lisboa, “Guitar lessons with children from three years of age” e “The art of teaching” com o pedagogo Stefan Schmidt.
Através da colaboração com compositoras portuguesas e do Apoio à Edição Fonográfica de Intérprete da Fundação GDA, lançará o seu primeiro trabalho discográfico intitulado “ODE” em 2025. É membro do Duo SinTempo e colabora frequentemente com a Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins.
Resumo
O presente projeto propõe investigar o repertório para guitarra em Portugal entre 1850 e 1950 através de processos de pesquisa arquivística em redes institucionais e privadas, edição de partituras e interpretação das obras com instrumento da época.A pesquisa visa localizar, recolher e catalogar esse repertório, sistematizando os estilos e géneros formais nele encontrado; realizar a edição e a gravação de obras selecionadas como vista à sua difusão, à revitalização do acervo instrumental da época e à criação de abordagens interpretativas adequadas; e compreender a relação entre o conhecimento acerca do repertório pós-1950 e a ausência de informação sobre o repertório em estudo à luz do fenómeno de silenciamento. Esta investigação procura, assim, contribuir para o aprofundamento da história da guitarra em Portugal ao complementar um hiato de cem anos onde a presença, existência e importância do repertório foram mitigadas.