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Doutorando
Departamento de Comunicação e Arte | Universidade de Aveiro
Campus Universitário de Santiago
3810-193 Aveiro
Portugal
Email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Tel: (+351) 234 370 389 (ext. 23700)

Nota Biográfica

João Paulo Moreira nasceu em, Santiago de Bougado-Trofa, no ano de  1985.
Iniciou os seus estudos musicais aos oitos de idade anos com a Prof.ª Antónia Maria Serra na Academia de Música de Santiago de Bougado. Participou em vários cursos de aperfeiçoamento musical com os professores: Jaime Mota, Fátima Travanca, Tsiala Kvernadze, Miguel Borges Coelho, Helena Sá e Costa, Maria do Céu Camposinhos, Luís de Moura Castro, Jura Margulis, Vitaly Margulis, Jörg Demus, Pedro Burmester, Adriano Jordão e Claudio Martínez Mehner.
 
Concluiu o 8.º grau com a classificação de 20 valores, na classe da Prof.ª Maria do Céu Camposinhos, no Centro de Cultura Musical, Caldas da Saúde. Terminou, em 2010, a Licenciatura de piano na ESMAE (Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo) no Porto na classe da Prof. Sofia Lourenço. Posteriormente estudou ainda com o Prof. Luís Pipa e com a Prof.ª Sofia Lourenço no âmbito do Mestrado em ensino. Concluiu com elevada classificação o Mestrado em Ensino da música, na ESMAE, e encontra-se atualmente a frequentar o Doutoramento em Música, na Universidade de Aveiro. No âmbito do Doutoramento tem estudado com o Professor Fausto Neves.
Tem conciliado a docência com as apresentações públicas. Leciona a disciplina de piano, desde 2009, tendo já colaborado com várias escolas e conservatórios, percorrendo os diferentes regimes de ensino, tanto oficial como não oficial. 
 
 
Tem feito várias apresentações em público com recitais a solo em numerosas localidades do país tais como: Universidade de Aveiro, Paço dos Duques em Guimarães, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Trofa, Santo Tirso, Academia de Música de Fafe, Casa da Música de Óbidos, Museu da cidade – Extensão do Romantismo.  
Fez em 2005, em conjunto com o tenor Alberto Costa, a estreia da obra “Cecília Lieder” do jovem compositor Nuno Jacinto em dois concertos, o primeiro na ESMAE no Teatro Helena Sá e Costa, e o segundo no Teatro São Luiz em Lisboa, concerto transmitido pela Antena dois. Apresentou-se a solo, em janeiro de 2011, num recital dedicado a LISZT e CHOPIN, no salão nobre do Museu Nogueira da Silva, abrindo assim o ciclo de concertos deste mesmo museu. Abriu o ciclo de concertos do Ateneu Comercial do porto com um recital a solo em abril de 2011. Já em maio de 2011, realizou um recital no Pavilhão Centro de Portugal em Coimbra.
 
 
Em fevereiro de 2012, pelo segundo ano consecutivo, realiza perante uma sala lotada, novo recital no Museu Nogueira da Silva.
Estreia-se,  em abril de 2012, como solista com a Orquestra Artave, sob a direção do maestro Ernst Schelle, apresentando a obra “Totentanz” de Franz Liszt. Em 2015, participou com um recital a solo no programa EUROCLASSICAL, realizado e gravado no Teatro Helena Sá e Costa. Fez recentemente colaborações com a Banda Musical da Póvoa de Varzim. Realizou, em novembro de 2022, recital a solo Inserido na 2º temporada dos Ciclos Lua Nova da Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro.
 

Ciência VitaeORCID

 

Projeto de Doutoramento
 
Título
De Bach a Lopes-Graça: vinte e quatro prelúdios de um sistema “bem temperado”
 
 
Orientação

Fausto Neves

 

 
Resumo
Durante o decorrer da investigação preliminar em volta dos Vinte e Quatro Prelúdios para Piano de Lopes-Graça fui-me deparando com pontos de interação de sentidos diversos entre esta obra e os dois volumes do Cravo bem temperado de J.S. Bach. Encontro nestas duas obras vários pontos de encontro: ambas foram compostas para as vinte e quatro tonalidades, seguindo a ordem cromática ascendente. O próprio Lopes-Graça, devoto admirador de Bach, reconhecia a importância dos quarenta e oito prelúdios e fugas de Bach, como sendo uma das mais importantes obras compostas e revestindo crucial papel na consagração da afinação de temperamento igual.  Esta obra, Vinte e Quatro Prelúdios para Piano, é um exemplo de como Graça se aproxima dos seus antecessores (neste caso de Bach), e das grandes questões de evolução tonal musical (escrevendo para as vinte e quatro tonalidades).
 
As questões de temperamento e afinação do teclado foram também alvo de especial atenção por parte destes dois compositores e serão objeto de estudo e análise neste projeto de investigação. Este projeto visa dar resposta aos problemas levantados, como são o caso da afinação como fator limitador/inovador, os problemas associados à escassez de interpretes da obra de Lopes-Graça (existindo apenas uma gravação da integral dos 24 Prelúdios para Piano) e ainda das limitações da escola erudita de piano, recorrendo à assemblage como processo criativo.   

Palavras-chave: Piano, performance, Bach, Lopes-Graça, 24 prelúdios, interpretação, afinação, temperamento.