Nota Biográfica
Jorge Gonçalves é um pianista português. Em setembro de 2001, iniciou os seus estudos superiores de piano na École Normale de Musique de Paris Alfred Cortot com Marian Rybicki. Nesta escola obteve o Diplome d’Enseignement du Piano (2002) e o Diplome Supérieur d’Ensignement du Piano (2004). Em junho de 2008, mudou-se para a Polónia com a intenção de efetuar neste país os seus estudos de pós-graduação. Em junho de 2011, concluiu em Varsóvia os estudos de pós-graduação (Individual Postgraduate Artistic Training) na Universidade de Música Fryderyk Chopin sob a orientação de Elżbieta Tarnawska. Em 2015, iniciou os seus estudos de mestrado na Universidade de Aveiro onde obteve o grau de Mestre em Música, em 2017, sob a orientação de Shao Ling. Atualmente frequenta o Programa Doutoral em Música, iniciado em outubro de 2021, na Universidade de Aveiro, sob a orientação de Luca Chiantore e António Chagas Rosa.
Efetuou inúmeros recitais em diversas localidades como: Lajes, Coimbra, Fundão, Tomar, Porto, Moita, Castelo Branco (Festival da Primavera 2005), Sintra, Palmela, Paredes, Lisboa (Festival Músicas do Acervo 2019), Viseu, Aveiro, Águeda (Ciclos de Lua Nova da Fundação Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro 2022), Ourém, Torres Novas, na Polónia (Varsóvia e Dąbrowica) em Marrocos (Tétouan no Festival International des Musiciens non Voyants 2017) e no Brasil (Natal). Em julho de 2006, foi protagonista de um recital comentado no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém em Lisboa transmitido em direto pela estação de rádio Antena 2. Em junho de 2011, foi convidado pela marca de pianos Fazioli para oferecer um concerto num dos seus raros pianos onde interpretou entre outras obras os Estudos Sinfónicos de Schumann Op. 13. Em maio de 2016, foi convidado na qualidade de performer para se apresentar no TEDx Aveiro, onde executou o Scherzo de Chopin Op. 20 no Teatro Aveirense.
Em janeiro de 2020, ofereceu um recital transmitido em direto pela rádio Antena 2 no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa onde interpretou obras de Bach, Chopin, Ravel, Prokofiev e Rachmaninoff. Em agosto de 2021, foi protagonista de um recital no Convento São Francisco em Coimbra intitulado “Viagem musical pelo imaginário de Goya” onde interpretou Goyescas de Enrique Granados.
Participou em concertos na qualidade de solista ao lado de variados agrupamentos como a Banda Sinfónica da Guarda Nacional Republicana, Banda de Música da Força Aérea Portuguesa, Filarmónica União Taveirense, Orquestra Sinfónica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte ou a Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins. Teve igualmente uma colaboração regular com cantoras como Susana China e Daniela Matos, tendo efetuado com elas vários concertos em Portugal.
A sua vida e trabalho têm sido alvo de atenção de variados meios de comunicação social como a revista "Activa", "Correio da Manhã", "Diário de Coimbra", TSF, RDP Antena 2, RTP e SIC. Tem tido igualmente uma atividade pedagógica, ministrando masterclasses e oferecendo palestras, tanto na temática da performance pianística como no Braille musical.
Ciência Vitae | ORCID
Projeto de Doutoramento
Título
Desafios das Práticas Performativas do Pianismo do Século XIX na Performance dos Noturnos de F. Chopin
Orientação
Co-orientação
Resumo
Esta investigação explora a aplicação das práticas performativas do pianismo do século XIX na performance contemporânea dos Noturnos de F. Chopin. Estas práticas são tipologias generalizadas da performance pianística deste período que foram documentadas nas primeiras gravações. Todas elas tinham a característica de se afastar do texto musical e, por isso, foram desaparecendo com o passar dos anos. A literatura identificou a sua utilização no passado. No entanto, persiste a questão sobre o que podemos fazer com este conhecimento na performance contemporânea largamente dominada por uma submissão ao texto musical. Acreditando que estas práticas possuem um potencial importante de enriquecimento de opções interpretativas, este trabalho transporta-as para a atualidade sob um ponto de vista de criatividade proporcionado pela investigação artística.
Palavras-chave: Práticas performativas; Chopin, Pianismo do século XIX, Investigação artística, Performance Contemporânea.