Nota Biográfica
Michael Dias, natural da Suiça, vivendo em Lisboa, é mestre em Etnomusicologia pela FCSH/NOVA (2017) com uma tese dedicada à experiência colonial de Belo Marques em Moçambique, nomeadamente ao modo de representação de um conjunto de práticas expressivas agrupadas sob a denominação de "música negra". É doutorando em Etnomusicologia no Departamento de Ciências Musicais da FCSH/NOVA. Bolseiro de investigação, integra a equipa internacional de investigação do projeto "Timbila, Makwayela e Marrabenta: um século de representação musical de Moçambique" (Concurso de Projetos de I&D (FCT). PTDC/CPC-MMU/6626/2014), no âmbito do qual se encontra a desenvolver a tese de doutoramento, num quadro referente a processos de construção identitária, comportamentos expressivos, suas representações e discursos no âmbito particular da relação colonial entre Portugal e Moçambique a partir da década de 1930 até 1960.
Tese de Doutoramento
Título provisório
A Representação Sonora da Alteridade, Moçambique, 1930-1960
Orientação
Referência Bolsa
PTDC/CPC-MMU/6626/2014
Resumo
Evocando a ideia de que “todas as correntes do nacionalismo português se defrontam com a opção ultramarina” (Alexandre 1995), pretende-se analisar, num quadro referente a processos de construção identitária, comportamentos expressivos, suas representações e discursos no âmbito particular da relação colonial entre Portugal e Moçambique a partir da década de 1930 até 1960, considerando igualmente alguns desenvolvimentos subsequentes em períodos mais tardios, nomeadamente o I Festival de Música e Dança Tradicional de 1980, em Moçambique. O objectivo desta análise é o de compreender se e de que modo é que comportamentos expressivos foram estruturantes para processos de definição identitária, dialecticamente, em Portugal e Moçambique, identificando e explorando eventuais contradições e paralelismos inerentes a tão vastos e complexos processos.