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Abre em 20 de Outubro de 2023 (19h), a Exposição Francis Graça: Dança, esplendor e sombras, na Galeria de Exposições do Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada.
                                                                                                                                             
2023.10.20 a  2023.12.30 | Galeria de Exposições do Teatro Municipal Joaquim Benite, Av. Prof. Egas Moniz, Almada | Quinta-feira a Sábado, 19h00-21h30; Domingos, 13h00-19h00
 
Com curadoria de Luísa Roubaud, é uma nova versão da Exposição inaugurada no Museu Nacional do Teatro e da Dança em Maio de 2022. A inclusão de novos materiais documentais, fotográficos e iconográficos resulta do prosseguimento do trabalho de pesquisa da curadora e da concepção expositiva, orientado para uma biografia crítica e contextualizada de Francis Graça, o primeiro bailarino profissional em Portugal.
 
Produzida pelo Museu Nacional do Teatro e da Dança com o apoio do Instituto de Etnomusicologia – centro de estudos em Música e Dança (INET-md), a nova exposição é coproduzida pelo Teatro Municipal Joaquim Benite, em parceria com a Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema; Universidade de Aveiro – Serviço de Biblioteca, Informação documental e Museologia; Fundação Calouste Gulbenkian; Radio Televisão de Portugal; Jacob's Pillow Dance Festival Archives; Centro de Estudos em Artes Performativas (CEAP).
 
FRANCIS GRAÇA: DANÇA, ESPLENDOR E SOMBRAS
 
Evocar Francis Graça (1902-1980) é reconstituir os passos iniciais da dança profissional em Portugal. A sua ligação aos Bailados Portugueses Verde-Gaio, que funda em 1940, dirige e coreografa até 1960, tem turvado a percepção de um percurso artístico mais lato. O que impele Francis enquanto bailarino – e homem – naquele tempo e num país sem tradições na dança académica? Que nexos o acercam da geração modernista e do ideário da ditadura? Onde radica a sua obstinação em inventar um “bailado português”? 
 
Desde a controversa aparição no Teatro Novo (1925), ao sucesso dos anos 20 e 30 – no Teatro de Revista, nos seletos recitais de dança, nas embaixadas culturais do SPN e nas digressões internacionais – transparece uma vida absorvida pela dança. Francis, o Estado Novo e o Verde-Gaio servem-se reciprocamente numa relação de forças desigual em que Francis é, a um tempo, figura colaborante e em contracorrente, paradoxo trágico ao qual sucumbe.
 
Os mais de 120 anos passados sobre o nascimento de Francis revelam-nos uma personalidade luminosa e atormentada, genial no improviso inventivo, mas tenazmente disciplinada.
Rememorá-lo é fazer jus a uma figura seminal da dança em Portugal e é entender, também, as linhas invisíveis que ligam a dança portuguesa de ontem à de hoje.
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS | Anna Klobucka, António Faria, Armando Jorge, Ellen Sapega, Fernanda Graça, Gonçalo Antunes de Oliveira, Helena Marinho, Jerónimo Pizarro, Patrícia Silva, Rui Vieira Nery, Sara Moreira, Sérgio Bordalo e Sá, Sofia Lopes, Teresa Carepo e Sr. Videira.
 
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