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Seminário
 
 
O Som como meio e como forma de representação cultural: Reflexões a partir da Antropologia
 
 
 
12 de Abril de 2018 | 14:00 | Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Sala 413

 

Resumo

 

Matéria fluida para construção da(s) identidade(s), o som e as sonoridades são, no entanto, parte fundamental do nosso ser no mundo. Ao contrário do que muita vezes se ouve e pensa, o som e a escuta ocupam hoje um lugar central nas nossas vidas quotidianas, em parte graças ao desenvolvimento e proliferação de novas "tecnologias para o ouvido" que permitem captar, armazenar, manipular e difundir som. Apesar disto, e ao contrário do que tem acontecido com as tecnologias digitais para o olho - objeto mais estabelecido de reflexão sobre as respetivas implicações nas práticas de fazer, circular e consumir imagens - é bem mais escassa a reflexão e a prática acerca das concomitantes transformações que, por via do digital, estão a ocorrer no domínio do som. Partindo desta problemática serão levantadas questões sobre o que poderá ser uma antropologia do som, atenta, por um lado, às questões émicas do som no quotidiano e, por outro, às questões éticas do som enquanto forma e veículo de representação cultural: Como pode o som representar o mundo? Que impacto tiveram (e continuam a ter) os meios e as tecnologias sonoras nas formas de perceção e compreensão do mundo?

 

Biografia

 

Filipe Reis, Antropólogo, é Professor Auxiliar no Departamento de Antropologia do ISCTE-IUL e membro integrado do Centro em Rede de Investigação em Antropologia. Coordena a Pós-graduação em Culturas Visuais Digitais do ISCTE-IUL e o Laboratório Audiovisual do CRIA-Pólo ISCTE-IUL. Trabalhou durante muitos anos na área da antropologia da educação e, enquanto professor e investigador, tem-se envolvido em projetos sobre inovação pedagógica e integração da investigação no ensino superior. Trabalha e investiga na área da antropologia dos media e da tecnologia, com um enfoque nas tecnologias de som e na problematização do conceito de paisagem sonora. Tem-se aventurado na criação de obras combinam, de forma experimental, arte sonora e antropologia.