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SEMINÁRIO PERMANENTE EM ESTUDOS HISTÓRICOS E CULTURAIS EM MÚSICA
O Seminário Permanente do grupo de investigação Estudos Históricos e Culturais em Música do INET-md pretende ser um fórum onde todos os seus membros (integrados e colaboradores), bem como outros investigadores e investigadoras do meio académico, cultural e artístico, possam apresentar o seu trabalho e discutir projectos e investigações em curso.
 
 
2023-06-05 | 18:00 | online (link ZOOM abaixo)
 
 
 
LA DIRECCIÓN MUSICAL DE LA REAL CÁMARA DE FERNANDO VII (1814-1833)
 
“Se ha arrogado atribuciones que de ningún modo le pertenecen”: la dirección musical y el ejercicio del poder en la Real Cámara de Fernando VII (1814-1833)
 
 

A orquestra da Real Câmara espanhola foi criada por Carlos IV (1759-1788), monarca apaixonado pela música instrumental de vários formatos, ele próprio violinista e participante assíduo em academias de música. O progressivo aumento do número de funcionários dedicados à actividade musical da câmara levou à criação de um novo posto, o de director de música da Real Câmara. Este cargo foi criado em 1796 para Gaetano Brunetti, mestre de violino do rei desde 1770, compositor e violinista da Real Câmara desde 1788. De 1814 a 1833, a actividade musical da Real Câmara prosseguiu de forma notável. Neste período o repertório passou a ser dominado pela música vocal (principalmente peças soltas de óperas). A mudança de repertório implicou alterações importantes na direcção musical da Real Câmara, que foi sucessivamente ocupada por músicos de diferentes perfis: cantores, instrumentistas ou compositores. As disputas internas para ocupar este cargo — o mais alto da hierarquia da corte — deram origem a uma extensa documentação administrativa, cuja análise permite determinar as atribuições musicais e de direcção associadas a este posto, bem como as circunstâncias em que os músicos que o ocuparam exerciam o seu trabalho. Tendo em conta a complexa dinâmica da corte e da actividade musical da Real Câmara, neste seminário tentarei explicar e especificar as funções do director de música da Real Câmara, bem como as de outros cargos complementares como o de compositor ou pianista acompanhador, num período de grandes mudanças e fortes disputas pelo poder. Centrar-me-ei principalmente nos seguintes aspectos: como foi adquirido o cargo, quem foram os seus titulares, que tarefas desempenharam e em que condições profissionais exerceram o seu trabalho.