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Concertos | Descobrir a História e a Música nos Coretos de Santa Maria da Feira
A Banda Marcial do Vale irá colaborar com o projeto de Ana Margarida Cardoso, investigadora do INET-md, da Universidade de Aveiro, dando nova vida aos coretos do concelho de Santa Maria da Feira. Ao longo do mês de setembro, o recém-formado Quinteto de Sopros do Vale, da mesma banda, irá tocar obras de compositores portugueses como Frederico de Freitas, José dos Santos Pinto ou Joly Braga Santos em concertos comentados pela investigadora. O projeto “Descobrir a História e a Música nos coretos de Santa Maria da Feira” tem o apoio do Município de Santa Maria da Feira, no âmbito do Programa de Apoio à Cultura e do INET-md, sendo uma das ressonâncias do projeto “A nossa música, o nosso mundo: bandas filarmónicas, associações musicais e comunidades locais”, desenvolvidos neste instituto. Os quintetos de sopros a interpretar foram compostos para o Quinteto Nacional de Sopros, grupo de música de câmara da antiga Emissora Nacional que se manteve ativo entre 1950 e 1976 (aproximadamente). Este grupo foi fundado por Luiz Boulton (flautista, 1908-1994), que escolheu para seus colegas os músicos José dos Santos Pinto (oboísta, 1917-2014), Carlos Saraiva (clarinetista, 1910-2001), Ângelo Pestana (fagotista, 1919-2002) e Adácio Pestana (trompista, 1925-2004). O caso do quinteto escrito por Santos Pinto constitui um exemplo de obra da qual se desconhecem apresentações públicas, o que quer dizer que o projeto traz a público obras que foram muito pouco interpretadas após o fim da atividade do grupo. O Quinteto de Sopros do Vale é constituído por cinco jovens músicos da Banda Marcial do Vale, designadamente, Sara Silva (flauta), Beatriz Oliveira (oboé), Mariana Cardoso (clarinete), Cristiano Pinho (trompa) e Beatriz Cunha (fagote).
Sara Silva iniciou os seus estudos musicais aos onze anos no atual Conservatório de Música Terras de Santa Maria, na classe de flauta transversal. Como flautista apresentou-se com a Banda Sinfónica Portuguesa (BSP), Associação Recreativa e Musical Amigos da Branca (ARMAB), Orquestra e Banda Sinfónica de Jovens de Santa Maria da Feira, Banda Sinfónica da Bairrada, Orquestra de Sopros do DeCA (Universidade de Aveiro), Orquestra Filarmonia das Beiras (OFB), Orquestra Filarmonia de Gaia, Orquestra da ESART (Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco), Camerata Nov’Arte e Orquestra Filarmónica Portuguesa (OFP). Frequentou masterclasses com Ory Schneor, Jerica Pavli, Emily Beynon, Kate Hill, Juliet Edwards, Julie Wright, William Bennett, Nuno Inácio, Ana Maria Ribeiro, Philippe Bernold, Adriana Ferreira, Christine Herlander Beard e Sophie Cherrier.
Beatriz Oliveira nasceu a 14 de Setembro de 2000. Começou os seus estudos musicais na Escola de música da Banda Marcial do Vale em 2006 na disciplina de formação musical, sendo mais tarde introduzida ao oboé, em 2009, pela professora Sónia Cadete. Em 2011 ingressou na Academia de Música de Arouca na classe de oboés regida pela professora Ana Filipa Assunção, concluindo o 7º grau em 2018. Nesse mesmo ano iniciou o curso de Novas Tecnologias da Comunicação na Universidade de Aveiro, terminando atualmente o 2º ano da licenciatura. Para aprimorar os seus estudos no oboé, participou em aulas e masterclasses com diversos oboístas, como Ricardo Lopes, Telma Mota, Ana Sofia Maia, Hugo Teixeira, etc. A nível orquestral, já trabalhou com vários maestros, nomeadamente Paulo Martins, Fernando Marinho, Alberto Roque, Luciano Pereira, Jorge Salgueiro, entre outros.
Mariana de Brito Cardoso é natural de Seia e iniciou os seus estudos musicais em clarinete no Conservatório de Música de Seia. Em 2009, ingressa na Licenciatura em Música, na Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESART), na classe do Professor Carlos Piçarra Alves. Concluiu o Mestrado em Ensino da Música - variante instrumento e classe de conjunto em 2015, na mesma instituição. Participou em Masterclass com os professores Bruno Graça, Paulo Matias, Isabel Tavares, João Pedro Santos, António Saiote, Cândida Oliveira, Jesus Villa Rojo, Juan Ferrer, Alfonso Pineda, Antonio Parejo, Alexandro Parejo, entre outros. Integrou várias orquestras, tais como Orquestra da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco, Jovem Orquestra Portuguesa – OCPzero, Orquestra Filarmonia das Beiras, Banda Sinfónica de Jovens de Santa Maria da Feira, Orquestra Nacional de Sopros dos Templários, Orquestra de Sopros Piaget, Banda Sinfónica da Covilhã, nas quais trabalhou com diversos maestros, tais como Erik Janssen, Luís Cardoso, Francisco Ferreira, Paulo Martins, Daniel Ferrero Silvage, Carlos Amarelinho, Pedro Neves, Reinaldo Guerreiro, João Paulo Santos, Maurizio Dini Ciacci, Ernest Schelle, Luís Carvalho e Pedro Carneiro, entre outros. Já organizou várias masterclass no âmbito da música, entre eles o Festival de Clarinete em Santar (Nelas), com o clarinetista convidado Pedro Ladeira. Ministrou aulas de clarinete, classe de conjunto e formação musical em diversas academias. Atualmente, é docente no Conservatório de Música Terras de Santa Maria, FUSA – Academia de Música, Action Performing Arts Center e na Escola de Música da Banda do Vale.
Beatriz Cunha nasceu a 30 de agosto de 1997 em Lamego, Viseu. Iniciou os seus estudos musicais na Escola de Música de Perosinho (V. N.Gaia) no ano letivo 2009/2010, na classe de fagote da professora Cláudia Torres, concluindo o 8º grau em 2015. Ingressou no mesmo ano na Universidade de Aveiro, na classe de fagote do professor Pedro Silva. Terminou a licenciatura na mesma instituição, sob orientação do professor José Pedro Figueiredo. Atualmente frequenta o Mestrado em Ensino da música (especialização em fagote) na Universidade de Aveiro. Colaborou com as orquestras de sopros e sinfónica da Universidade de Aveiro, orquestra sinfónica ESMAE, Orquestra Clássica da FEUP, Orquestra de Jovens de Santa Maria da Feira, Orquestra Clássica de Espinho, Orquestra Clássica do Centro, Orquestra Filarmonia das Beiras e Orquestra Filarmónica Portuguesa. A nível orquestral, trabalhou com vários maestros como Cesário Costa, Andreas Weiss, Rui Pinheiro, Luís Carvalho, Ernst Schelle, António Roque, Fernando Marinho, Diogo Costa, José Eduardo Gomes, Martin André, Jan Wierzba, Osvaldo Ferreira, António Saiote e Jean-Marc Burfin.Integrou vários cursos de aperfeiçoamento onde teve a oportunidade de trabalhar com fagotistas como Paulo Martins, Ricardo Ramos, Virgílio Oliveira, José Pedro Figueiredo, Roberto Erculiani, Hugues Kesteman, Giorgio Versiglia, Carlo Colombo, Patrick de Ritis, Axel Benoit e Giorgio Mandolesi.
Cristiano Pinho, nascido em 1995, natural do Vale, Santa Maria da Feira, iniciou os seus estudos musicais na Banda Marcial do Vale, aos 9 anos de idade onde foi aluno do professor Alcides Paiva. Em 2005, entrou para o Conservatório de Música de Fornos onde estudou até ao oitavo grau sob a tutoria da professora Martha Oliveira. Em 2013, entrou para a Escola Profissional de Música de Espinho, na classe do professor Bernardo Silva. Licenciado pela Universidade de Aveiro na classe do professor Bernardo Silva. Já participou em várias orquestras como Estágio Gulbenkian para Orquestra, Neue Philharmonie München, Orquestra Filarmónica das Beiras, Jovem Orquestra Portuguesa, Orquestra Clássica de Espinho, Art'ensemble, tendo a oportunidade de trabalhar com conceituados maestros como Jean Sébastien Béreau, Pedro Neves, Jean-Marc Burfin, Joana Carneiro, Fuad Ibrahimov, entre outros. Participou em várias masterclasses com renomeados trompistas da atualidade como Marie-Luise Neunecker, Javier Bonet, Soren Hermansson, Froidys Ree Wekre, Vicent Zarzo e Will Sanders.
Ana Margarida Cardoso iniciou os seus estudos musicais nas Bandas de Seia e Gouveia. Depois de ingressar no Conservatório de Música de Seia, decidiu optar pelo ensino profissional concluindo o curso de Instrumentista de Sopro e Percussão, na Escola Profissional da Serra da Estrela (EPSE), com aquele que viria a ser o livro O Oboísta e a Palheta Dupla. Seguiu-se a licenciatura em Ciências Musicais na FCSH, Universidade Nova de Lisboa e o Mestrado em Ensino de História da Música, na Universidade de Aveiro (UA). Lecionou na EPSE (Seia), no Conservatório Regional de Coimbra e no Colégio de São Teotónio (Coimbra). É doutoranda em Etnomusicologia na Universidade de Aveiro, membro do INET-md da mesma universidade e bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia (SFRH/BD/129767/2017). É investigadora do projeto “A nossa música, o nosso mundo: bandas filarmónicas, associações musicais e comunidades locais (1880-2018)” (PTDC/CPC-MMU/5720/2014) e do projeto “Ser músico em Portugal: a condição sócio-profissional dos músicos em Lisboa (1750-1985)” (PTDC/ART-PER/32624/2017), financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. Organiza desde 2017 o Post-ip, (International Post-graduate Forum for Studies in Music and Dance), organizado pelo INET-md e Departamento de Comunicação e Arte, da Universidade de Aveiro. Foi fundadora da Associação Culturxis (Coimbra), correspondente do Jornal Notícias da Beira e membro da DaCapo – Revista Musical Portuguesa. Atualmente é Tesoureira da Associação de Arte e Imagem de Seia, onde participa na programação e organização de várias iniciativas culturais.