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Faculdade de Ciências Sociais e Humanas | Universidade Nova de Lisboa
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Nota Biográfica

Natural de Lisboa, é mestre em Etnomusicologia pela FCSH/NOVA (2016) com uma tese dedicada ao estudo das relações entre música e identidade num coletivo de bandas que tocam música balcânica em Lisboa. É doutoranda em Etnomusicologia no Departamento de Ciências Musicais da FCSH/NOVA com uma tese dedicada ao estudo do fado e às revoluções políticas no século XX em Portugal. É bolseira no Curso de Doutoramento "Música como Cultura e Cognição", financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. Maria toca saxofone e canta fado.
 
 
  
 
 
Projecto de Doutoramento
 
Título
Fado, Ada, Severa e a performação da identidade nacionalista em Portugal
 
 
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Resumo
A palavra fado existe na língua portuguesa desde há muitos séculos para designar destino. Com a aura de misticismo que lhe está associada, desde meados do século XIX que se associou à ideia de canção urbana, alimentando obras e memórias românticas. Desde as primeiras obras literárias dedicadas à história do fado, o debate sobre o seu estatuto de símbolo nacional esteve associado ao imaginário de uma “alma nacional”. Durante o século XX, a categoria musical do fado foi utilizada em vários contextos pelo governo ditatorial como símbolo da portugalidade. Recentemente inscrito na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da UNESCO (2011), o fado reforçou o seu poder enquanto símbolo da nação portuguesa. A legitimidade trazida pela marca UNESCO, reforçando mais uma vez a imagem das fronteiras nacionais, assentou em construções simbólicas e valores que, construídos no passado, marcam estéticas e discursos do presente. A compreensão das expressões nacionalistas associadas ao fado passa, assim, pelo questionamento das construções simbólicas do passado e pelas recriações das representações nacionalistas no presente. Na minha investigação, a abordagem etno-simbólica ao estudo dos nacionalismos fornece ferramentas conceptuais para uma tática alternativa no estudo da categoria fado como símbolo da nação. O testemunho e as memórias de Ada de Castro, a fadista emérita de Lisboa com quem realizei grande parte do meu trabalho de campo, enquadram-se no modelo de análise etno-simbolista que utilizei no meu estudo. A análise proposta parte de metodologias da Etnomusicologia histórica e da etnografia colaborativa numa abordagem etno-simbólica, e considera reflexões sobre o fado como um marcador da imagem portuguesa ao longo do tempo. Interpretando relações entre os tópicos música, memória e património, caracterizo mudanças no processo de construção do propósito nacionalista para ilustrar poderes recorrentes de representação nacional nas práticas do fado em Lisboa na atualidade.
 
Palavras-chave: fado, nação, etno-simbolismo, Ada de Castro.
 
 
Financiamento: Fundação para a Ciência e a Tecnologia (PD/BD/135573/2018)